quarta-feira, 31 de julho de 2013

Queijo chèvre braseado com amendoins

Na Sexta-feira tive cá amigos a jantar e tinha comprado uns amendoins para usar numa entrada. Ainda não tinha pensado muito no assunto quando me ocorreu fazer uma variante de uma receita que tinha visto no 24Kitchen com queijo chèvre.
Gosto de fazer "coisas" e de ter vários sabores, texturas e aromas na mesa. Depois é cada um por si e, entre pica-pica e goles de vinho, a conversa flui e as gargalhadas tomam conta da noite.
Assim foi na Sexta-feira. A S. e o S. vieram cá e tivemos 7 petiscos. Um deles, este chèvre que não dá trabalho nenhum, é absolutamente delicioso e torna-se quase viciante.... uma entrada que ganhou fãs, pelo menos na nossa mesa ;)

4 rodelas de queijo chèvre com cerca 2 cm de espessura cada
1 mão cheia de amendoins
sal q.b.
pimenta q.b.

Numa frigideira anti aderente torre os amendoins (sem gordura), depois de temperados com sal e pimenta.
Retire-os, deixe-os arrefecer e pique-os finamente com uma faca.
Pegue nas rodelas de queijo e calque-as suavemente sobre os amendoins. Leve a brasear numa frigideira anti aderente, cerca de 8 segundos de cada lado, tentando derreter apenas o interior.








segunda-feira, 29 de julho de 2013

A receita original de molho bolonhesa

Quando me falam em leite, geralmente torço o nariz. Há muitos anos que deixei de beber e acho que não me faz falta nenhuma.
Em algumas receitas tenho mesmo que por, mas desde que não me saiba... caso contrário, não toco.
Andava eu contente nas minhas pesquisas e anotações e descubro que... a bolonhesa original leva leite! Ia-me caindo tudo... andei enganada durante anos e pelos vistos a cozinhar mal a receita. Ainda me tentei safar pensando que seria um artigo sem exemplo, mas investiguei mais a fundo e é verdade. E desengane-se quem pensa que leva spaghetti... leva tagliatelle. Menos mal, pensei eu...
Quando comecei a ler os ingredientes (novos) do original molho bolonhesa, tive que experimentar. E tenho que dar a mão à palmatória: é uma delícia!
E está devidamente registado na Câmara do Comércio de Bolonha.
Vamos a isso?

300g de carne de vaca moída
150g de pancetta
50g de cenoura
50g de aipo
50g de cebola
5 colheres de molho de tomate natural
1/2 copo de vinho branco
200ml de leite
sal q.b.
pimenta do reino q.b.

Pique a pancetta e cozinhe-a numa frigideira, deixando largar a própria gordura. Adicione a cenoura, o aipo e a cebola e deixe refogar. Acrescente a carne picada e deixe fritar.
Junte o vinho, o tomate e tempere com sal e pimenta. Deixe ferver por duas horas e durante esse período, vá acrescentando leite aos poucos. Rectifique temperos e sirva bem quente com tagliatelle.
(Eu só tinha spaghetti, por isso é o que vos mostro na foto e juntei pedaços de um tomate fresco, mas que não faz parte da receita original)
























































quinta-feira, 25 de julho de 2013

Molhos que todos devemos saber fazer!

Já há imenso tempo que ando para fazer este post e peço desculpa a quem já me tinha pedido dicas sobre molhos... De facto são fundamentais, dão jeito para mil e uma coisas e nem sempre sabemos onde ir buscar.
Não digo com isto que o meu molho Holandês é melhor que o da vizinha, mas eram as receitas da minha Avó e todas elas saem certinhas.
Comecei a pesquisar por entre livros e papéis com anotações uma receitas de molhos quando fiz a minha primeira lasanha e precisava de um molho béchamel. Ora se eu tinha feito tudo de raiz, não ia ser o molho a estragar tudo... por isso aventurei-me e saiu muito bem.
Béchamel dá para muita coisa: lombinhos de pescada, lasanha, folhados com frango... enfim! O molho Holandês é essencial para uns bons ovos benedict e por aí fora...
Por isso, aqui ficam algumas receitas, que esperam que sejam úteis.
Como sabem, cozinho sempre as minhas sugestões e fotografo-as para vocês verem, mas tanto molho não dava para guardar, por isso... a foto não corresponde! É a minha heroína, a Julia Child ;)

Molho Holandês:
2 gemas
150 g de manteiga
1 colher de sopa de água morna
gotas de sumo de limão
sal q.b.
pimenta preta q.b.

Num tacho coloque água e uma taça por cima, sem que está toque no líquido (para cozinhar em banho-Maria). Aqueça até estar quase a ferver.
Na taça misture as gemas, a água e tempere com sal e pimenta. Bata com uma vara de arames até o molho começar a engrossar.
Vá juntando pedaços da manteiga e mexendo bem até que esta derreta, até terminar toda a manteiga disponível. Desligue o lume e junte umas gotas de sumo de limão, enquanto continua a bater.


Molho Béchamel:
3 colheres de sopa de manteiga
3 colheres de sopa de farinha
leite q.b.
sal q.b.
pimenta preta q.b.
noz moscada q.b.

Num tacho derreta a manteiga e adicione a farinha, mexendo sempre com uma vara de arames. Vá juntando leite aos poucos, nunca parando de mexer. Tempere e deixe cozinhar até o molho engrossar, verificando sempre que fica com uma textura suave e sem grumos. Atenção! Não deite muito leite de cada vez, para não aguar o molho.


Aioli:
2 dentes de alho
2 colheres de chá de mostarda Dijon
2 gemas
2 dl de azeite
1 colher de vinho do Porto seco
sal q.b.
pimenta q.b.
gotas de sumo de limão

Misture o alho, o sumo de limão, a mostarda e tempere com sal e pimenta. Junte as gemas e bata com uma vara de arames. Adicione o azeite, primeiro em gotas e depois em fio, nunca parando de bater. Junte o Porto e misture bem.






Julia Child e o seu maior fã, o marido, Paul


















terça-feira, 23 de julho de 2013

Cogumelos Paris recheados

Tenho tido muita gente a jantar cá em casa, agora que não saio por causa da baby C. E apesar de amar cozinhar, nem sempre temos as ideias a fluir como gostaríamos. Tenho tido uns dias de trabalho bastante ocupados e quando chega a altura de fazer o jantar, nem sempre tenho tempo de me dedicar a uma ou outra receita que tinha em mente. Isto da falta de tempo aliada a dois ou três ingredientes que sobraram e que estão abandonados no frigorífico, pode despoletar bons petiscos. E foi isso que aconteceu a 3 fatias de bacon, meia dúzia de cogumelos e a um restinho de mostarda de groselha.

6 cogumelos Paris limpos e sem pé
2 tiras finas de bacon (a 3ª comi...)
6 colheres de chá de queijo creme
3 colheres de café de mostarda de groselha.

Limpe e arranje os cogumelos. Em seguida, corte as fatias de bacon em pedacinhos pequenos. Aqueça uma frigideira anti aderente sem gordura nenhum. Quando esta estiver bem quente, frite o bacon até ficar crocante.
Recheie os cogumelos com o bacon, uma colher de chá de queijo creme por cada um e meia colher de café de mostarda de groselha. Por fim, leve os cogumelos à mesma frigideira onde fritou o bacon e salteie-os.







sábado, 20 de julho de 2013

Mercadices

Para o dia começar bem todos temos os nossos rituais e requisitos. Eu tenho vários, como toda a gente. Mas ir ao Mercado é uma garantia de me "por para cima"! Adoro, desde sempre.
No Inverno há manhãs que custa imenso levantar o esqueleto da cama para ir rapar um frio do outro mundo e trazer 6 cogumelos e uma tranche de abóbora. Eu percebo. Mas chegando lá, há qualquer coisa de mágico que me invade e fico automaticamente bem disposta. A energia, as cores, os risos, as conversas de banca em banca, os aromas... tudo me envolve e faz de mim uma pessoa genuinamente feliz.
Hoje, cheiaaaaa de sono, rabugenta com  o vizinho que insiste numas obras complexas que todos os dias dão início a uma cacafonia medonha por volta das 8h00, lá me pus a caminho. Uma paragem obrigatória no Cacau onde bebi café e troquei dois dedos de conversa. Depois comecei o meu ritual: carne, peixe, aves, especiarias, frutas e legumes. Conversas sem pressa e deslumbramento por todos os sítios onde passo (quase como se de uma primeira visita se tratasse). Passei pelas flores mas hoje deviam ter bónus porque estavam o dobro do preço de ontem... coisas!
Demorei umas duas horas nesta minha passeata (porque amanhã não há e a malta precisa de voltar com as energias carregadas) e cheguei a casa a cantarolar. Já arrumei os meus cestos, já provei algumas coisas e achei que tinha que partilhar convosco esta sensação maravilhosa.
Tenho pena de ver os mercados com menos gente do que seria de esperar. Tenho pena que ajudemos mais a economia externa do que os nossos agricultores que tem coisas TÃO boas! Tenho pena que todos falem em poupança e se vão abastecer a hipermercados e tragam carne em embalagens com 3 dias de refrigeração e paguem o dobro.
Vá lá... venham mais ao mercado! Os produtores  e os comerciantes agradecem. O vosso palato e a vossa carteira, também.


Mas as imagens valem mais que qualquer palavra minha, por isso....


























































sexta-feira, 19 de julho de 2013

Spaghetti nero com cubos de salmão fresco

Vocês sabem que eu sou adepta de comida de conforto, mas ultra saborosa. Foi por isso que ontem decidi fazer um prato que não passava cá em casa há alguns anos. Spaghetti nero com lombos de salmão fresco.
Aproveitei o fim de dia mais ameno, peguei na miúda e rumei em busca de um pacote de massa. Antes era mais difícil, só encontrava em duas ou três lojas em Lisboa. Hoje em dia, como quase tudo, já se vê à venda num grande hipermercado. Aproveitei que ia comprar duas ou três coisas ao dito sítio para verificar se o afamado esparguete por lá andava. E sim! Mas continua caro. O mais barato custa 2,67. E são 500g. Mas vale a pena... ficou delicioso, o B rejubilou de alegria e tivemos (mais) um jantar perfeito.
Demora 10 minutos a preparar, faz um vistão e o sabor é maravilhoso... vamos a isso?

500g de esparguete preto (com tinta de choco)
400 g de lombos de salmão completamente limpos
1 limão
1 lima
1 colher de chá de molho inglês
1 colher de chá de molho de soja
1 colher de sopa de azeite extra virgem
piri-piri caseiro a gosto
sal q.b.

Ferva água num tacho largo (para a massa não ficar toda colada) e coza a massa por cerca de 7 minutos.
Enquanto isso, prepare o salmão. Numa tábua de cozinha corte os lombos em cubos, passe-os por água e sacuda bem. De volta à tábua, tempere com sal a gosto, o sumo de um limão, a raspa de uma lima, o molho inglês e o de soja. Adicione umas gotas de piri-piri, se desejar.
Envolva tudo cuidadosamente com as mãos e aguarde pela cozedura da massa.
Quando estiver pronta, escorra-a e passe-a por um fio de azeite extra virgem. Coloque numa taça e adicione o salmão. Misture cuidadosamente para não esfarelar o peixe e sirva :)



















































quarta-feira, 17 de julho de 2013

Hamburguer de novilho com azeite de caril e massa fresca

Isto de ter que ter imaginação para apresentar em propostas, para miúdos e graúdos, para fazer caterings diários e ainda tratar do jantar cá de casa, não é pêra doce.
Não digo isto em jeito de queixume, mas sim num grito que tenta parar o turbilhão de ideias que atravessam a minha cabeça constantemente. Comida, receitas, inovação, petiscos, pratos de forno, amuse- bouche, jantares formais e receber amigos.... dá para tudo e o registo muda várias vezes ao longo do dia.
Mas há dias em que o cansaço nos invade de uma maneira inexplicável que começa nos pés, amolece o corpo todo e só nos apetece ter tudo pronto e mergulhar no sofá sem pensar em mais nada. Mas ainda há o jantar... e tem que ser bom, suculento, saboroso e reconfortante. Estes hamburgueres são isso tudo e mais um bocadinho :)

Para 2 pessoas:

500 g de novilho picado
250 g de massa fresca
5 colheres de sopa de azeite
2 colheres de chá de caril em pó
1 malagueta
5 gotas de sumo de lima
sal q.b.

Ferva água  e coza a massa fresca em 3 minutos, para ficar al dente.
Numa frigideira grande aqueça o azeite e junte o pó de caril. Adicione a malagueta e disponha os hamburgueres. Cozinhe cerca de 2 minutos de cada lado e verá que os sucos da carne começam a soltar-se e a ligar-se ao azeite. Tempere com sal de um lado e do outro (quando os virar) e finalize com o sumo de lima.
Vá agitando a frigideira, de modo a que todos os sabores fiquem bem misturados.
Entretanto, salteie a massa num fio de azeite bem quente com um dente de alho picado.
Sirva de imediato e opte por acompanhar com uma salada verde, por exemplo :)














segunda-feira, 15 de julho de 2013

Tarte de amêndoa

Mais uma delícia que aprendi no último curso que fiz e que é óptima.
Nunca fui muito fã de doces, apesar de ter que os fazer. Seja por trabalho ou porque recebo amigos em casa, há sempre uma altura em que me deparo com a sobremesa.
Há alguns em que não toco mesmo, por achar que são demasiado enjoativos ou porque não me atraem de todo. Tarte de amêndoa foi uma coisa que sempre ficou no limbo... já comi boas, já comi algumas de fugir. Por isso, para minha segurança e daqueles que me rodeiam (porque o meu humor transforma-se quando algo me passa pelo estreito e não me agrada), acho sempre mais prudente não pedir sobremesas.
No curso, como é óbvio, temos que provar tudo o que é feito.
Primeira impressão foi: tem um aspecto divinal!
Segunda impressão: Parece nougat...!
Terceira impressão: Continua a ter um aspecto divinal e eu vou ter mesmo que provar!

Assim sendo, provei, comprovei e repeti: uma delícia.

Massa:
200 g de farinha
50 g de açúcar
Manteiga q.b.
2 colheres de sopa de água

Recheio:4 ovos pequenos
100 g de açúcar
150 g de miolo de amêndoa ralado
1 cálice de licor de amêndoa amarga
1 limão

Toffee de cobertura:150 g de açúcar
150 g de amêndoa com pele inteira
150 ml de natas

Pré-aqueça o forno a 180º C.
Misture a farinha e o açúcar e vá juntando aos poucos manteiga previamente amolecida, até obter uma espécie de areado.
Pode fazer esta mistura num robô.
Adicione a água e ligue a mistura toda. Quando a mesma não colar aos dedos, molde-a em bola e deixe repousar 10 minutos.
Estenda a massa com um rolo (não se esqueça de enfarinhar a bancada/superfície onde o fizer) e forre uma forma de tarte com fundo amovível.
Pré coza a massa no forno durante 15 minutos.
Entretanto, junte os ovos e o açúcar e mexa bem com uma vara de arames. Adicione a amêndoa ralada, o licor e a raspa do limão. Misture muito bem e verta sobre a massa. Leve de novo ao forno por mais 20 a 25 minutos.
Por fim, prepare o toffee. Leve a lume moderado o açúcar e deixe caramelizar enquanto fatia as amêndoas com pele. Junte as natas e as fatias de amêndoa ao caramelo e agite suavemente (não mexa o caramelo com uma colher porque deixa entrar ar e criar pontos de açúcar duros e difíceis de diluir). A meio tempo da cozedura da massa já com o recheio, cubra a tarte com este preparado e termine o tempo de forno.

















































sexta-feira, 12 de julho de 2013

Bola de enchidos e espinafres

Se há coisa que eu gosto é de bola de carne e enchidos. Mas não é uma qualquer... é a da minha Bisavó. Como já há muitos anos que não a como feita por ela, às vezes aventuro-me a cozinhá-la eu.
Qual não é o meu espanto quando, no curso de cozinha a que fui na Terça, uma das receitas era bola... mas de enchidos e espinafres!
Ficou uma verdadeira delícia e muito suculenta.
Vou partilhar a receita convosco, que é facílima e muito saborosa :)

150 g de pão (pode ser do dia anterior)
100 g de enchidos/carnes frias
100 g de espinafres em folha
100 g de farinha
2 colheres de fermento em pó
6 colheres de sopa de manteiga
1,5 dl de água
4 ovos
sal q.b.
pimenta preta fresca q.b.

Pré aqueça o forno a 180º C.
Tire a pele dos enchidos e corte em pedaços. Coloque-os no robô de cozinha, juntamente com os pedaços de pão e os espinafres. Triture tudo. Acrescente a farinha, o fermento em pó e a manteiga e volte a passá-los no robô até ficarem bem ligados. Junte a água e misture mais uma vez (ainda no robô), até ficar macio.
Separe as gemas das claras e junte as gemas ao preparado, que vai misturar uma última vez. Coloque numa taça.
Bata as claras em castelo e envolva-as na massa que preparou. Tempere com um pouco de sal e pimenta (cuidado que os enchidos já são salgados).
Unte bem um tabuleiro e leve o preparado ao forno durante 20 a 25 minutos




quarta-feira, 10 de julho de 2013

Mais um curso, mais umas delicias!

Ontem foi de dia de mais um curso na Academia Vaqueiro, pela mão do Chef Pedro Niny. O tema foi Party Food e levei comigo um leitor do blog, o Célio! Isto porque eu tinha lançado uma passatempo que tinha como prémio um curso de cozinha... e foi dia de ir saborear este presente tão útil!

Para variar, a organização do curso estava muito bem preparada e os pratos bem pensados. Uma turma bem disposta e com muita gente gira e cheia de vontade de aprender.

As conversas começaram, as gargalhadas estiveram presentes e no final, saímos todos a ganhar: um jantar com o que tínhamos cozinhado e mais enriquecidos a nível de conhecimentos culinários. Eu ganhei mais um bocadinho porque tive o enorme prazer de conhecer ao vivo e a cores um seguidor aqui do nosso cantinho. E isso, garanto-vos, é brutal e impagável! Obrigada Célio :)

Um curso que aconselho e onde, de certeza, se vão divertir muito.

Aqui ficam algumas imagens do que preparámos e, aos que não participaram, espero que para a próxima não falhem... podem ser vocês a vir ao curso! ;)




Bola de enchidos e espinafres








Creme de cenoura e castanha com palitos folhados de pasta de azeitona e parmesão








Palitos crocantes de frango e cereais






Almondegas de carne e mozzarella no forno







Tarte surpresa de legumes com massa filo e sementes de sésamo






Tarte de amêndoa






Happy! :)





















































































































terça-feira, 9 de julho de 2013

Spaghetti alle vongole

Parecia um palavrão? Não se preocupem... não é mais que uma deliciosa pasta com amêijoas e um molho fenomenal!
Durante anos receei imenso pedir isto em Restaurantes Italianos... achava que não ligava. A verdade é que perdi muito tempo de um prato maravilhoso, simples, leve e muito aromático.
Resolvi por isso fazê-lo e o B anuiu logo (amêijoas é com ele...).
A "minha" senhora do marisco lá no Mercado da Ribeira é de uma confiança ímpar e fica sempre muito feliz quando vou ter com ela. Tem as melhores ostras do Mundo, uns mexilhões enormes e suculentos, percebes, e um sem fim de coisas deliciosas. E amêijoas, claro. Há uns 3 ou 4 tipos de amêijoas e ela explica-me pacientemente com quais posso ou não misturar molho...

250 g de esparguette
500 g de amêijoas
50 g de manteiga
3 colheres de sopa de azeite
1 copo de vinho branco
2 dentes de alho
coentros a gosto
sal q.b.
pimenta preta q.b.


Coza a massa em água fervente apenas com sal.
Enquanto isso, prepare as amêijoas: numa tacho derreta a manteiga, adicione o azeite e os dentes de alho finamente picados. coloque as amêijoas, junte o vinho branco e tempere com sal e pimenta. Tape e deixe que as amêijoas abram. As que não abrirem, deite fora.
Entretanto escorra a massa e adicione às amêijoas, envolvendo bem.
Sirva e polvilhe com coentros frescos picados a gosto.















segunda-feira, 8 de julho de 2013

Bife Wellington

Eu adoro massa folhada. Acho que tem um sem fim de utilizações possíveis e tento tirar sempre o maior partido delas. Seja em folhadinhos, tartes, pãezinhos, ou quanlquer outra coisa que me atravesse o pensamento, é sempre boa ideia. Para mim, claro.
Lembrei-me de fazer um bife Wellington que não fazia há imenso tempo e ficou divinal. Simples, sem grande trabalho e um deleite para quem vem jantar. Óptimo para servir aos amigos que ficarão impressionados com  o sabor simples, mas delicioso, e com a fusão de texturas.

Comprem uma boa carne, porque não vão querer perder pitada deste magnífico prato e as gordurinhas são dispensáveis neste caso.

500 g de bife do lombo (ou outra carne que o vosso talho aconselhe, mas tenra e sem gordura)
200 g de massa folhada (pode ser comprada fresca, se não tiverem tempo de fazer)
3 colheres de sopa de mostarda
1 cogumelo portobello
2 colheres de chá de mostarda em grão
1 ovo
sal q.b.
pimenta q.b.

Pré aqueça o forno a 180º C.
Numa tábua coloque a carne e tempere com sal e pimenta a gosto, massajando ligeiramente para que os sabores se entranhem. Deixe repousar enquanto pica o cogumelo. Bata o ovo numa taça à parte.
Barre a carne com a mostarda e os grãos. Na parte superior disponha o cogumelo picado.
Estenda a massa (ou no caso de ser comprada fresca, desenrole-a) e coloque a carne no centro. Feche e pincele com o ovo. Faça uns golpes ligeiros na massa, sem grande profundidade e leve ao forno até ficar tostado (cerca de 30 min)

A carne também estará pronta.
Acompanhe com uma salada verde, por exemplo.





















quinta-feira, 4 de julho de 2013

Pimientos de padrón: unos pican y otros no

Ontem pediram-me no Facebook uma receita de pimentos de padrão, porque no fim de semana tinha posto uma fotografia de uns que tinha aqui em casa para cozinhar.
Há muita gente que não compra porque não sabe o que fazer com eles. Podem ser usados em saladas, tal como os jalapeños e outros pimentos oriundos da América do Sul.
São característicos pelo seu picante, mas fantástico sabor. No entanto, comer pimentos de padrão é tal e qual uma ida ao casino: só entre 10 a 25% é que picam. Os restantes não. Mas valem muito a pena.
A maneira mais popular de servir pimentos de padrão é a que passo a explicar e é um sucesso para acompanhar um bom copo de vinho e estar à conversa à volta de uma mesa com amigos :)

250 g de pimentos de padrão
5 colheres de sopa de azeite
sal grosso q.b.

Numa frigideira aqueça o azeite. Lave os pimentos, seque-os e frite-os cerca de dois minutos. Vão inchar e desinchar. Cuidado porque respingam muito.... se possível, tape a frigideira.
Retire com uma escumadeira, polvilhe com sal grosso e sirva ainda quentes.
Em 5 minutos tem uma entrada óptima para quando receber amigos, ou até mesmo se lhe apetecer mordiscar qualquer coisa :)




quarta-feira, 3 de julho de 2013

Tartelettes de cocktail com queijo creme, cogumelos Paris e tomilho

Estamos a chegar ao final do dia - para muitos, ainda de trabalho - e hoje está mesmo bom para tomar um cocktail e comer uns amuse-bouches...
Gin tónico, vodka tónico, copo de vinho, até um cocktail sem álcool... vocês é que decidem. Mas hoje a palavra de ordem é relaxar! Relaxar porque estamos a meio da semana e ainda falta para ter direito a dois dias inteirinhos. Por isso, para recuperar o fôlego e aguentar a recta final desta semana, proponho-vos um momento de puro prazer gastronómico.
Para tal, deixo-vos esta ideia das mini tartelettes, que é facílima de fazer e mais fácil ainda de comer... uma delícia em 10 minutos. Podem comprar em qualquer supermercado as tartelettes de cocktail e não precisam usar todas de uma vez, desde que mantenham a embalagem bem fechada!
Parece-vos bem? Então, vamos a isso :)

Para 6 tartelettes:

6 tartelettes de cocktail
6 colheres de chá de queijo creme
1 cogumelo Paris
1 pitada de sal grosso
1 pitada de tomilho seco

Pré aqueça o forno a 180ºC, enquanto recheia as tartelettes.
Em seguida coloque dentro de cada uma, uma colher de chá de queijo creme. Limpe bem o cogumelo, retire o talo e pique-o bem fino. Polvilhe a gosto a tartelette  e tempere com uns grãos de sal e tomilho a gosto.
Coloque no forno e deixe tostar cerca de 10 minutos. Retire e sirva. São irresistíveis!

Atenção, vai sobrar cerca de meio cogumelo. Guarde e use por exemplo numa salada verde, assim mesmo, cru! É uma delícia :)

























terça-feira, 2 de julho de 2013

Massa de pizza caseira

Adoro uma boa pizza party, mas em casa, com pizzas como deve ser e ingredientes frescos e variados.
É um serão sempre bem passado e é uma aposta ganha no que diz respeito ao convívio e ao à vontade que se gera, cortando um bocadinho alguma formalidade que às vezes se possa instalar.
Geralmente quando digo que faço pizzas caseiras, as pessoas acham-me louca ou pensam que estou a gozar. Não as condeno... amassar à mão não é para todos, mas posso garantir que é um três em um:
Libertador garantido de stress, exercício físico e uma refeição deliciosa!
Vale ou não vale a pena?

O recheio pode ser o que quiserem. A imaginação não deve ter limites e por isso, quem sou eu para os impor.
Espero que gostem, que se divirtam e até podem usar esta feitura de massa como um entretém para as crianças. Vão amar ajudar e os seu braços vão poder descansar. Mas vale a pena... cada dentada!

300 g de farinha
7 g de fermento de padeiro
175 ml de água morna
3 colheres de sopa de azeite extra virgem
1 colher de chá de sal

Numa taça coloque a farinha, o fermento e o sal. Misture e abra um buraco no meio. Adicione a água morna e por fim o azeite. Misture muito bem até formar uma bola.
Polvilhe uma bancada com farinha, bem como as suas mãos.
Amasse durante cerca de 10 minutos.
Divida em três bolas e estenda-as com a forma que desejar... redondas, quadradas, rectangulares...
Crie os seus recheios e leve ao forno cerca de 10 minutos a 240ºC.



Imagem foodnetwork.com

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Choco frito

O B pedia que lhe fizesse choco frito, ao que lhe respondia que mais valia irmos a Setúbal... ele anuía. E assim se passaram meses.... Mas na Sexta-feira no mercado, assim que me aproximei da banca do peixe, o Sr. António exclamou: "Martinha, já viu este choquinho lindo que aqui tenho? Isto fritinho em azeite com a tinta e limão é uma maravilha!". Eu devo ter fito uma daquelas minhas caretas tão expressivas que o homem desistiu no mesmo segundo e passámos a peixe da Baby C, para por na sopa.
Enquanto a filha amanhava o linguado, eu pus-me a olhar para o choco e a pensar que provavelmente estava na altura de dar o braço a torcer e quiçá surpreender alguém cá em casa. Pedi que lavassem os moluscos o melhor possível, para retirarem a maior parte de tinta possível e pensei " Se estes pequenotes se alimentam de camarão, só prova que têm bom gosto..." - trouxe-os.
O B esteve radiante, eu fiquei fã e estivemos a saborear tiras de choco frito enquanto víamos um excelente filme. Que bom programa! :)

500 g de choco limpo e sem tinta
farinha q.b.
2 ovos batidos
1 limão
pimenta preta fresca moída q.b.
alho em pó q.b.
sal grosso q.b.
4 colheres de sopa de óleo
4 colheres de sopa de azeite
1 copo de vinho branco

Molho:
4 colheres de sopa de maionese (pode ver a receita AQUI )
1 colher de café de alho em pó
3 gotas de molho inglês
sumo de meia lima

Corte o choco em tiras e lave novamente (ou peça na peixaria para amanharem e cortarem em tiras).
Marine-o em sumo de limão e vinho branco.
Numa taça disponha a farinha e junte sal, pimenta e alho em pó a gosto. Misture e prove.
Noutra, bata dois ovos. Passe o choco por ovo e pela farinha.
Aqueça numa frigideira o óleo e o azeite e vá fritando as tiras.
Deixe secar em chupóleo ou rolo de cozinha e sirva com arroz de açafrão, por exemplo.
Não se esqueça do molho... :)

Pode servir o choco não como refeição mas como entrada num jantar, apenas com o molho. Com um bom vinho branco, vai ver que ninguém resistirá! :)